Conheci primeiro a trilha sonora
Into The Wild de autoria de EddieVedder (vocalista do Pearl Jam). Um disco excelente e uma grata novidade em
meio a tanta coisa chata e previsível que chega ao mercado. Em seguida, tive
vontade de ver o filme e o adquiri. Mas ele ficou lacrado aqui até a última
noite de sábado, quando instintivamente o peguei pra assistir durante a madrugada.
Quem nunca pensou em
abandonar tudo e sair por aí apenas com uma mochila? Pensei assim várias vezes.
Lembro-me de um momento que procurei me inscrever no Greenpeace só pra viajar o
mundo em contato com a natureza. Fiz até algumas viagens com esse "espirito", mas sempre com um certo conforto e segurança. Hoje vivo em meio às coisas materiais
e artificiais. O que houve com aquele eu? Não sei. Ou sei...
O filme é baseado no livro homônimo
de Jon Krakaeur e narra a história de Chris McCandless que aos 21 anos deixa
sua carreira na faculdade, vida em classe média e a família para entrar em
contato com a natureza em viagens em direção ao oeste e, em seguida, ao Alasca.
Durante o filme ele entra e sai da vida de algumas pessoas enquanto amadurece suas
ideias e nos provoca a pensar o que fazemos das nossas próprias vidas “confortáveis”.
Chris queima dinheiro, rasga todos os documentos, abandona seu carro e troca de
nome, coisas de louco. Mas na narrativa do diretor Sean Penn, nos faz pensar se
os loucos não somos nós que ainda não fizemos isso.
O mais impressionante é que
tudo aconteceu. O filme é fiel à história de Chris e seus 150 minutos parecem
pouco quando chegamos ao final - certamente um dos mais fortes e comoventes
que assisti até hoje.