terça-feira, 25 de março de 2014

Seriam as trevas exteriores!?


Depois de me questionar sobre as trevas interiores semanas atrás, me vi pensando no mesmo assunto novamente, dessa vez com um outro olhar, o externo.
Percebo que vieses ideológico e/ou partidário quase sempre norteiam as tomadas de decisões mundo afora. Pensar a gestão do território é priorizar a manutenção de bases de sustentação de um governo, com vistas à sua ampliação. Não interessa o que é melhor para todos, interessa o que um grupo acha que é melhor para todos e, principalmente, para eles.

A preocupação com a população está em promover muito mais uma ilusão de qualidade de vida, do que exatamente a sua ampliação. Aumento de serviços básicos são carros-chefes de governos que fazem o que o seu antecessor, teoricamente, não fez. Não obstante, isso é utilizado como instrumento de propaganda de manutenção de quem exerce o poder momentaneamente. Esses grupos fomentam o medo de uma mudança, pois seria a concretização da falha da sua gestão (mesmo que ela tenha sido exitosa em alguns pontos) e a escolha de um outro modelo que poderá continuar o trabalho do seu antecessor, mas promovendo mudanças necessárias para dar uma nova roupagem às velhas política.

Assim, mudando sem mudar... o processo não tem fim e os fins justificam os meios. Ninguém sabe certamente o que é esse fim, mas bem conhecemos os meios. Aqueles que não estão exercendo o poder no momento aguardam ou lutam (normalmente com muito ódio) pela sua chance de fazer tudo diferente, porém, mais do mesmo. Promessas de um futuro melhor, futuro que nunca chega para muita gente, além deles mesmos.

Escolhas ideológicas e partidárias são mais importantes que a melhoria coletiva. Os governos passam, as pessoas passam e humanidade fica - cada vez pior. Seriam as nossas trevas exteriores!?


segunda-feira, 17 de março de 2014

Mrs. Krzyzanowski

Ao se viajar, coleciona-se lembranças, mesmo que muitas delas fiquem tão guardadas que pareçam não existir. Mas aí você vê uma foto, escuta uma música, sente um cheiro, retorna ao lugar ou alguém te fala algo e voilá... tudo volta. Eu já tenho uma coleção incrível de lembranças pela América do Norte nos últimos meses, mas o que me aconteceu semana passada, não foi apenas uma o início de uma lembrança, mas um nome para uma viagem. Mrs, Krzyzanowski. 

De tantos prédios bonitos, ruas interessantes, belas lojas e uma paisagem natural estonteante, a maior lembrança será da pequena casa de Mrs. Krzyzanowski e sua história. A senhora com um cabelo muito longo, um sorriso contido e tranqüilo e uma simpatia impressionante,  nos convidou (a mim e uma amiga que viajava  comigo) para um chá em sua casa... Andávamos pela ilha de Toronto, paramos para conversar com Mrs. Krzyzanowski e logo estávamos em sua casa. O convite para tomar chá já era um tanto inusitado, mas ela falava de como estava feliz, pois acabara de cantar com uma amiga e perguntou se poderia cantar para nós. Claro!

De posse de um papel já cheio de marcas de dedos e do tempo, Mrs. Krzyzanowski começou a cantar uma música sobre a alegria de conhecer pessoas... Ficamos atentos observando a performance vocal e tentando entender a letra. Ao término, ela agradece a nossa presença...

Rapidamente Mrs Krzyzanowski começa a preparar o chá, enquanto fala sobre sua vida, seus hobbys, seu trabalho, sua ilha, seu paraíso particular. Depois pergunta sobre o Brasil e a nossa música e para minha surpresa, Mrs Krzyzanowski conhecia muita coisa brasileira, inclusive a percussão.


Mrs. Krzyzanowski abriu as postas da sua casa, sua vida e seu coração, é uma daquelas pessoas que por mais que se tente descrever, só conhecendo para entender... Não guardei nenhuma foto dela, mas todas as vezes que eu lembrar daquela viagem à Toronto, Mrs. Krzyzanowski. 

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