quarta-feira, 30 de abril de 2014

O meu gosto musical é melhor que o seu



Ruim não é a música que você ouve, mas COMO você a ouve. Foi essa a conclusão que cheguei depois de anos pensando sobre o assunto.

Eu detesto pagode, axé, sertanejo (pós anos 90), forró eletrônico, brega, funk, hip hop e mais um punhado de estilos. Porém, confesso que pouco me incomodaria se as pessoas que escutam isso, o fizesse em particular, do mesmo jeito que eu faço com o rock, mpb e blues!

Sempre achei terrível ser "invadido" pelos carros com sons turbinados, as "anuncicletas", os vizinhos inconvenientes, os celulares sem fones, os bares ou igrejas estridentes. Isso causa raiva, animosidades e uma discussão sem fim sobre "gostos musicais". 

Outro dia alguém me perguntou o que se toca no Canadá, de bate e pronto respondi que era o pop, rock, blues... A pergunte seguinte foi: Quais artistas? Aí fiz uma pausa e tive dificuldade em responder, simplesmente porque não sei. Claro que quando estou num pub, loja de discos, show ou vendo TV, eu tenho uma ideia. Mas isso é pouco...

A quantidade de fones que vejo nos ouvidos é enorme e em todos os lugares pessoas estão ouvindo algo. Mas por que eu não sei o que escutam? Simplesmente porque a música aqui é uma experiência pessoal, na maior parte do tempo, e coletiva, apenas em locais reservados a isso. Isso se chama respeito! 

Pensando assim, a "minha" música é infinitamente superior porque ela respeita a todos.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Top 5 - Filmes que mudaram minha vida Parte 3


Quando eu vi pela primeira vez aquele cara do meu gibi voando em um filme, fiquei impressionado! Depois ele simplesmente colocava óculos e era um cara normal. Sendo uma criança que cresceu usando óculos, imaginar ser o Super-Homem (como chamávamos na época) era um grande escapismo. Na minha cabeça, eu era o Super-Homem, mas só iria revelar isso ao mundo quando crescesse. Bom, cresci e... Ah, mas certamente aqui foi o início da vida nerd!


Eu o vi quando tinha uns 13 anos e não se vê esse tipo de filme com essa idade sem ser impactado. A agilidade das cenas, a narração do protagonista, a violência e a trilha sonora me deixaram impressionado. Lembro que quase todas as semanas eu o alugava (no velho tempo da locadora de VHS) e ficava revendo. Era um mundo que me encantava e repugnava ao mesmo tempo. Mas foi ali que comecei a perceber que a sociedade não era o que aparentava, havia muito mais coisas que eu desconhecia e isso moldou o tipo de adolescente que fui, diferente dos outros, eu não sabia nada da vida e estava certo disso.


Lembro de ter comprado essa trilha por indicação do dono da Disco de Ouro. Fiquei impressionado com o que ouvia e meses depois o filme estreou no cinema. A história de um cara jovem, dono de uma loja de discos (um dos meus sonhos), que grava fitas (!), tem amigos estranhos (!!), possui uma coleção de vinil (!!!), faz top-5 (!!!!) e problemas amorosos... Ah... esse era eu! Nunca me vi tão representado no cinema. Logo comprei o livro que deu origem ao filme e seu autor, Nick Hornby, um inglês fanático por música e futebol tornou-se um dos meus favoritos. Eu percebi que filmes adultos não precisavam ser chatos

Tudo Acontece em Elizabethtown

Eu já conhecia o diretor, Cameron Crowe e o trailler me atraiu bastante. Porém, foi o momento em que vi esse filme que o colocou nessa lista. Ele representa um dos períodos mais difíceis que passei... bom, não posso contar muito sobre o filme porque estragaria a experiência de cada um. Mas a jornada do protagonista e as pessoas que ele vai encontrando, principalmente uma delas, era algo que eu esperava que acontecesse comigo. E a trilha sonora está em todos os momentos da minha vida desde então.



Eu escrevi um post sobre esse filme... Comecei a ver a vida de maneira diferente depois daquela noite em que assisti a história de Chris McCandless.

Parte 1 aqui e Parte 2 aqui

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Top 5 - Filmes que mudaram minha vida Parte 2 - Por Flávia Novaes



1 - Star Wars,Uma Nova Esperança  -  Amo a saga inteira, vejo e revejo sempre, mas o episódio IV é marco da minha infância, inclusive um dos primeiros filmes que assisti no cinema da minha cidade, Cabrobó, que era do meu avô (não tinha como não amar a sétima arte, né?). Meu primeiro amor foi o Luke Skywalker.


 2 - Beleza Roubada  (Bernardo Bertolucci) - da adolescência... me via totalmente na personagem principal e até hoje sonho em morar na Itália e passar dias e noites ouvindo música, batendo papo com meus amigos e ao redor de, claro, uma mesa enorme de queijos, macarrão e vinho.


3 -  Pulp Fiction – nasce aí o amor pela estética Tarantino (sangue e pop culture).
4 – Na Natureza Selvagem – um encontro comigo mesma e uma trilha sonora abusiva de boa.

5 – Onde Vivem os Monstros – descobrir que apesar de tudo, tudo que essa vida faz ou não com a gente, ainda dá pra sonhar acordada.









Sou boa com as palavras não, mas é mais ou menos isso aí.....

Parte 1 aqui e Parte 3 aqui

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Top 5 - Filmes que mudaram minha vida Parte 1 - Por Dyogo Alvaro


ForrestGump

“A vida é como uma caixa de chocolates, você nunca sabe o que vai encontrar”. Talvez essa seja a principal lição de Forrest Gump.
De forma tocante e sensível o filme nos mostra que, por maiores que sejam nossas limitações e obstáculos, podemos superá-los sem mudar nossa essência. Ir em busca do nosso destino fazendo uso do que temos de melhor dentro de nós mesmo sem termos nenhuma garantia do que vamos encontrar.Forrest Gump é um filme para ser visto e revisto e a cada nova visita ao filme uma nova lição é aprendida e as mesmas emoções ressurgem.

Jim Carrey é Joel Barish, tímido, reservado, introspectivo, carente, inseguro...  cuja vida se resume em ir do trabalho pra casa e de casa para o trabalho. Impossível não me identificar com o personagem. Um dia conhece a espontânea e excêntrica Clementine (Kate Winslet), por quem logo se apaixona.
Por que me apaixono por toda mulher que me dá um mínimo de atenção? (Joel Barish)”.
Os dois se apaixonam, mas em um dado momento Clementine resolve apagar Joel de sua vida. Indignado, ele decide passar pelo mesmo procedimento, porém se arrepende em meio ao processo ao perceber o quanto ela é importante para ele, o quanto é apaixonado por Clementine. Começa então uma corrida, uma luta para que as lembranças que ainda restam de Clementine permaneçam vivas em sua memória.
O filme nos mostra que pessoas tão diferentes podem se apaixonar. Nos mostra que o amor faz com que nos apaixonemos pela mesma pessoa várias vezes (como acontece com Joel e Clementine). Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças se torna um novo filme a cada vez que o assistimos, novas perspectivas são criadas, novas percepções são afloradas... e cá estou eu ainda esperando encontrar a minha Clementine Kruczynski (e se tiver cabelos coloridos e o rosto da Kate Winslet, melhor ainda)


De Volta para o Futuro é daqueles filmes que marcam uma geração, viram ícones, viram referência. Não tive a oportunidade de ver o filme no cinema, tive que apelar para o VHS (agora me senti velho), mas isso não foi empecilho pra ser fisgado pela magia do filme.
Misturando ficção científica, aventura e humor, amparado por uma dupla de protagonistas bastante cativantes (Michael J. Fox e Christopher Lloyd) e uma trilha sonora da mais alta qualidade De Volta para o Futuro sempre me proporciona o mesmo sentimento de quando o vi pela primeira vez.
Mesmo passados quase 30 anos do seu lançamento e já o tendo visto inúmeras vezes na TV e em DVD, o sentimento de querer fazer parte daquela história, de querer viajar no tempo, de me imaginar tentando corrigir alguns erros cometidos (sem querer tirar proveito financeiro da situação, pois o filme nos mostra que isso pode ocasionar muitos problemas) ainda se fazem presentes.
De Volta para o Futuro deve ser visto várias vezes. É daqueles filmes obrigatórios e que merecem ser curtidos por todas as gerações. Meu único lamento quando a esse clássico é não poder tê-lo visto no cinema, curtindo o hype do seu lançamento... nada que um DeLorean equipado com um Capacitor de Fluxo não possa resolver.


Superman – O Filme teve como um dos seus principais materiais de divulgação nos fazer acreditar que o homem poderia voar e pude comprovar isso ao ver, pela primeira vez esse clássico do cinema.
Talvez esse tenha sido o primeiro filme que lembro bem de ter assistido e me empolgado, ao ponto de brincar com uma toalha amarrada ao pescoço em uma tentativa de emular a capa do herói. Os créditos iniciais acompanhados pelo tema composto por John Willians até hoje me fazem voltar no tempo, tema esse que é o meu favorito dentre tantos outros desse mestre da música.
A primeira aparição do herói, na cena em que salva a mocinha (e logo em seguida um helicóptero) que cai da cobertura do Planeta Diário até hoje causa arrepio. É icônica. Christopher Reeve encarna perfeitamente o papel do azulão. Ele reflete a credibilidade na índole que do personagem e a sua elegância, sobretudo ao alçar voo, nos faz acreditar que o homem, de fato, pode voar. Um filme obrigatório.


Anos 80, época onde pequenos grandes clássicos do cinema nasceram: Curtindo a Vida Adoidado, Clube dos Cinco, Sem Licença para Dirigir, A Fortaleza, Mad Max, Karatê Kid e claro, Os Goonies.
Um grupo de amigos descobre um mapa onde dá a indicação de onde está localizado o tesouro do pirata Willy Caolho. Mickey, Brand, Bocão, Dado e Gordo partem em busca desse tesouro quando por acaso dão de cara com os Fratelli, uma família de criminosos que descobre o objetivo da garotada e também parte em busca do ouro de Willy. Até encontrar o navio de Willy Caolho os jovens (e os Fratelli) terão que superar diversas armadilhas preparadas pelo pirata a fim de que ninguém consiga roubar suas riquezas. A turma ainda irá contar com a ajuda do “Super Sloth” (um dos personagens mais carismáticos dos anos 80) nessa empreitada.

Os Goonies é um típico filme dos anos 80. Não é raso. Não é profundo. É pura e simplesmente uma aventura, é pura e simplesmente uma diversão. Um filme que reflete o espírito de toda uma geração. A diversão estava em correr pelas ruas, andar de bicicleta e, porque não, procurar tesouros de piratas.

Parte 2 aqui e Parte 3 aqui

terça-feira, 1 de abril de 2014

Yes!


Eu vi o Yes!

Abriram o show com Close to the Edge (um disco fantástico, porém difícil para o ouvinte casual), depois foram ao mais pop, Going For The One (e eu pude ouvir duas das minhas  preferidas, a faixa título e Wonderous Stories). Pausa de 20 minutos! Regressam com sua obra-prima: The Yes Album! Se eu já adorava esse disco, ouvi-lo ao vivo me deu uma outra dimensão do seu significado. Por fim, um bis com Roundabout do disco Fragile! Finalizava assim, a noite setentista, uma ode ao rock progressivo! 

O show do Yes pode parecer anacrônico, afinal tocar 3 discos completos com músicas de 20 minutos, abrindo mão do default Best of é incomum. Mas não à toa escolheram 3 dos álbuns mais consistentes e conhecidos da banda. Chris Squire e Steve Howe comandam tudo com muito carisma, presença de palco e  talendo impressionante! Alan White e Geof Downes dão segurança a banda e Jon Davison (o impressionante substituto de Jon Anderson) nos faz pensar que estamos, de fato, nos anos 70. 

Porém, talvez pensando na geração que tem acesso a informação imediata e fragmentada, antes do show, várias imagens contando a história da banda foram projetadas, tudo muito didático, quase um wikipedia. Cada música executada tinha seu nome escrito no telão, com a capa do álbum, tipo iTunes. Eram os anos 70 com cara de século XXI. O show agradou aos jovens (até uns 25 anos) e fez a velharada (aí me incluo, mesmo que só tenha 35 anos) delirar!

A música do Yes nunca foi óbvia e nem fácil. Raramente foi comercial, porém sempre foi instigante! O Yes foi uma banda que ajudou na transição entre o pop dos anos 60 ao progressivo dos anos 70, fizeram pop nos anos 80 e desde os 90 regessaram aos 70, no bom sentido. Mais de 15 membros já passaram por lá, incluindo Rick Wakeman, Trevor Rabin e Jon Anderson, mas a banda continua... Acho que sempre haverá um Yes porque os membros passam, a música fica...


Poderia tentar descrever o que foi o show, mas isso é impossível, a música do Yes não se descreve, se sente. A música do Yes te transporta para onde você quiser e às vezes você não volta. Bom, eu ainda não voltei de ontem... fiquei lá...

P.S. Sem fotos do show porque era realmente proibido e eu não vi ninguém tentando. A educação canadense sempre me surpreende!

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