Acredito que uma pessoa adulta pelo menos uma vez na vida se
sentiu isolada do mundo. Com isso em mente é fácil entender porque a obra The
Wall é tão importante. É difícil encontrar alguém que não conheça pelo menos
uma de suas músicas.
O The Wall é, em minha opinião, a obra mais atual do Pink
Floyd. Num mundo em que cada vez mais nos relacionamos através do virtual, nos isolamos atrás de computadores e o contato humano passa a ser um
mero detalhe, não é difícil fazer a ponte entre o Personal Computer e o Muro
imaginado por Roger Waters.
Soma-se a isso, o fato do The Wall ter sido pensado em
várias mídias: um álbum, um show revolucionário em seu conceito e um filme!
Quando escutado ou visto atualmente soa exatamente como 2012. Poucas obras
conseguem isso!
Eis que no dia em que assisto o show de “Roger Waters – TheWall” coincidentemente recebo o Box Immersion. Foi muito muro pra um dia só. E tal
qual no Dark Side Of The Moon e Wish You Were Here,as versões Immersion do The Wall tem todos aqueles itens que nós adoramos e ainda a edição “Is There Anybody Out There?” já lançada (versão ao vivo do
disco).
Porém, o que mais me chamou atenção foram os dois CDs com
demos, sobras e versões diferentes. É quando percebemos como Waters foi
soberano no disco. Praticamente compôs tudo e ainda podemos ver demos dos seus
próximos dois discos. Os rascunhos de músicas já mostravam a força das
composições, as execuções dos primeiros takes apresentam uma banda madura e
longe dos experimentos de antes. Cada um sabe o que fazer e fazem bem feito.
De todas as edições Immersion, a do The Wall é a mais
impactante pelo material musical extra. Para mim, esse é o último disco do
verdadeiro Pink Floyd, pois Final Cut, Momentary Lapse of Reason e The Division
Bell, que são discos interessantes cada um à sua maneira, levam o nome da
banda, mas são qualquer outra coisa...
Infelizmente, fim da imersão!
Parte 1, aqui
Parte 2, aqui
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