quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A fossa e como Fagner me tirou dela

Eu nunca fui um cara que sofreu muito por amor... Me apaixonei pouco e, felizmente, foram todas correspondidas... Eu nem posso afirmar se isso é bom ou ruim porque a experiência dos outros não me diz nada... Claro que posso imaginar, mas não sentir... Até hoje, sou um homem de poucas mulheres, então me identifico menos com Martinho da Vila e mais com George Harrison.

Mas eu tive uma fossa, daqueles de te deixar sem jeito, daquelas de tirar meses de sossego e de me jogar numa fase "raparigueiro", usando uma expressão grosseira das bandas de onde vivo... Por meses eu andei por ai sabe lá com quem... E peço desculpas se decepcionei alguém (muito embora acho que nenhuma vá ler esse texto mesmo).

Bref...

Lembro que naquele ano de 2000, éramos quatro amigos (duas mulheres e dois homens) recém saídos de seus relacionamentos e completamente sem rumo. E o que você faz em Recife durante a festa São João quando você não tem rumo? Vai para Caruaru... e foi o que fizemos... E lá chegando, tinha Fagner! Tinha Fagner! Ah, Seu Fagner...

Depois de quase um ano de idas e vindas; de "revivals", que pioravam mais do que ajudavam e de uma "gandaia" que pouco tinha a ver com minha personalidade, Fagner me resgatou... Entre Canteiros, Eternas Ondas, Jura Secreta, Cebola Cortada, À palo seco, Revelação, Noturno, Revelação, Frenesi, Asa Partida e Fanatismo (eu não posso garantir que essas músicas foram todas tocadas no show, na minha mente foram, na realidade, não sei...), eu chorei, ri, chorei, ri... abracei meus amigos, fui abraçado e... zerei a vida!

Naquela noite, a "roedeira" foi grande, mas Fagner me resgatou! Nós quatro curtimos, ninguém pegou ninguém e no dia seguinte cada um seguiu sua vida...

Depois daquele 24 de junho, eu estava novo! Estava pronto! Acabou a fossa, simples assim! E então aquela menina tímida que eu conhecera dois meses antes pela Internet (no antigo chat do Uol) deixou de ser um nick... Foi me livrando do passado e do "galho em galho" que a vida se acertou... E tá certa até hoje.

Mas sem aquela noite em que Fagner me salvou, não sei onde e como eu estaria, tanto ele, como a menina tímida da Internet estão na minha vida até hoje. 

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