Consumimos tanto que parece que esse é apenas o sentido de se viver: trabalhar, ter
dinheiro, comprar coisas e depois trabalhar... um ciclo que se autossustenta e
nos conforta. Quem quer algo precisa comprar (ou roubar) e as novidades pulam em
nossas caras. Então foi a TV, a TV à cores, a TV grande, Plasma, LCD, LED, 3D...
Pra cada coisa, há uma “evolução” tecnológica e de usos.
Em busca do
consumo infinito, nem pedestres podemos ser. Afinal, carros são itens
de verdadeira adoração e as cidades cada vez mais cheias deles e de pessoas
que reclamam do preço do combustível, tráfico e péssima educação dos
motoristas, problemas que não existiriam se tivessemos menos carros.
Isso me
chamou atenção ao visitar Miami, talvez a cidade mais consumista dos EUA. Lá, praticamente
não existe calçadas!! Se queres andar, só em locais predeterminados onde haverá
lojas para você consumir... Tentei fazer o tipo de turismo que gosto, entre pessoas normais, usando transporte público e indo à lugares onde os residentes gostam de ir... Foi em vão!
O que vi foi uma corrida frenética para adquirir algo que você
nem sabia que existia até aquele momento. Pessoas que ficam a maior parte do tempo dentro de carros e os Malls! Consome-se eletrônicos, comidas,
roupas, praias, sonhos... O conforto está diretamente ligado ao quanto você
pode comprar...
E
consumindo, você vai vivendo, até ficar idoso e ir jogar dominó no shopping
(com ar condicionado e fast foot).
Aliás, foi essa cena que presenciei duas vezes – em horários e dias distintos – mas
com as mesmas pessoas. Aqueles idosos consumiram tanto, que aparentemente só sabem curtir a
vida dentro de um shopping...
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