domingo, 19 de setembro de 2010

Top 5 – Shows que eu queria ter visto – Parte I

A idéia nasceu numa manhã de sábado em que eu escutava o acústico do Nirvana depois de muito tempo. Fiquei pensando “putz, como eu queria ter visto esse show”, rapidamente uma lista me veio a mente com os shows que eu gostaria de ter presenciado... aí vai a primeira parte...

George Harrison – The Concert for Bangladesh (1971)

O primeiro concerto beneficente já feito. George Harrison convidou amigos e parceiros para fazer um espetáculo em nome de Bangladesh, local de nascimento de seu grande amigo Ravi Shankar. Ringo Starr cantou seu então hit, a excelente It Don´t Come Easy, mostrando que uma carreira solo sairia do “quarto” Beatle; Leon Russel fez um medley com Youngblood e Jumpin´ Jack Flash; Billy Preston empolgou com That´s The Way God Planned It e Shankar apresenta uma longa peça indiana. Bob Dylan (que só confirmou presença quando entrou no palco), executou Blowin’ In The Wind, The Times They Are A-Changing, Mr. Tambourine Man e Just Like a Woman. George Harrison fez uma apresentação esplendorosa com músicas da sua então recente carreira solo como Beware of Darkness, My Sweet Lord e Bangladesh e os clássicos absolutos dos Beatles Here Comes the Sun, Something e While My Guitar Gently Weeps. Tudo isso com a participação de um guitarrista chamado Eric Clapton! Mais histórico que isso, quase impossível...


The Beatles- San Francisco (EUA) - 1966

Entre as apresentações mais famosas dos Beatles estão as do programa televisivo de Ed Sullivan em 1964, maior audiência da TV americana até aquele momento; a apresentação no Hollywood Bowl em 1965 em Los Angeles – recorde de público e primeiro show em estádio; o concerto do Budokan no Japão em 1966; a primeira apresentação televisiva via satélite cantando All You Need Is Love em 1967 e o clássico Show do Telhado (Rooftop Concert de 1969). Porém eu queria mesmo ter visto o último show ao vivo em agosto de 1966 no Candlestick Park em San Francisco. Eles já estavam cansados de fazer turnês e ali encerraram uma maratona que durava praticamente 9 anos ininterruptos. Foi um marco na carreira da banda!

Nirvana - Unplugged MTV (1994)

Show que motivou essa lista, teve um impacto muito forte pra mim. Comecei a ouvir Nirvana na minha pré-adolescência e acho quase impossível que uma pessoa de 13 anos que se interessasse em rock´n´roll não se sentisse atraído por músicas como Smells Like Teen Spirit ou Lithium (clássicos do disco Nevermind de 1991). Porém, o acústico foi algo bem diferente do que eles normalmente faziam (e confesso que não gostava do Nirvana no palco, principalmente pelas apresentações erráticas e agressivas com o público de Kurt Cobain). Ouvir Oh Me, Plateau, Lake Of Fire e as versões de Polly, Come As You Are e The Man Who Sold The World foi uma grata surpresa. Essa última ainda me emociona. Foi a partir dela que descobri um dos artistas que mais gosto e respeito: David Bowie! Era o Nirvana se despedindo...

Led Zeppelin - Knebworth - 1979

Era o Led Zeppelin na sua reta final. Os dias do Led Zeppelin II, Led Zepellin VI, Houses Of The Holy e Physical Graffiti tinham ido... agora era pra se contentar com o inócuo In Though The Out Door! E se não estavam tão inventivos no estúdio, no palco parecia que uma nova era começava... os anos tocando juntos davam ao quarteto uma dinâmica impressionante. Achilles Last Stand é uma das coisas mais bem feitas que eu vi até hoje ao vivo; Kashimir é um convite à uma viagem mental mesmo no DVD, fico imaginando vendo e ouvindo lá; Rock And Roll está na sua melhor versão ao vivo e Whole Lotta Love parece reinventada no palco, principalmente na sua segunda metade. Como pode uma banda fazer isso? Não sei, melhor nem saber... John Bohan se foi... Jimmy Page e Robert Plant gravaram e tocaram juntos várias vezes depois disso, algumas delas com John Paul Jones, mas nada como naquelas duas noites de 1979!


Pink Floyd The Wall Live (1981)

Meu disco preferido é o Wish You Were Here, para mim o mais bem feito é Dark Side Of The Moon, acho o The Piper At The Gates Of Dawn aburdamente fantástico, porém é impossível um fá do Pink Floyd não gostar do The Wall. Não vou entrar nos problemas que envolviam a banda naquele momento e a irregularidade entre as músicas. Mas seja o que for que gerou um show como o The Wall, veio de mente(s) criativas(s) e perturbada(s). Contar uma história de alguém se isolando do mundo pode até parecer fácil no disco e no filme, mas no show... Ver uma banda executando as músicas enquanto um muro se constrói deixando a platéia sem “ver” os músicos é audacioso e, ainda, executando apenas músicas recentes, esquecendo os clássicos já feitos parece realmente loucura... tudo isso e as excelentes versões ao vivo é o The Wall Live. Fica aqui registrado apenas o lamento desse show não ter chegado em DVD até hoje. I wish I was there...

Em breve a parte II


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