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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Acabando no rio sem fim

Quantas pessoas realmente tem a oportunidade, a necessidade ou até mesmo a vontade de terminar alguma coisa? Essa é a pergunta que fiquei me fazendo depois de escutar The Endless River do Pink Floyd.

Um lançamento que à princípio me parecia só um caça-níquel - ainda acho - agora vejo também como uma atitude madura de quem chega a um certo ponto da vida, pensa no que passou, liga o "foda-se" e faz o que quer.

David Gilmour e Nick Mason nos entrega algo melancólico, às vezes uma repetição disfarçada de homenagem, as sobras... Alguns lampejos dos discos anteriores estão ali, na verdade é oposto do fim apoteótico da turnê barulhenta (em todos os sentidos) do Pulse em 1995.

Me faz pensar que  mais de trinta anos sem Roger Waters deixou o Pink Floyd sem palavras... A ironia de tudo está em uma mulher escrever a última letra, da última música, do último disco, de uma banda que já teve um dos melhores letristas do mundo e um público muito mais masculino que feminino. O olhar feminino capturou a atmosfera, escutando Louder Than Words, quem conhece bem o Pink Floyd, vai entender.

O disco com cara de inacabado, acaba. Encerra uma etapa na vida de Dave e Nick que, em suas jornadas, perderam Syd Barrett para a loucura, Roger Waters para a arrogância e Rick Wright para a morte.

Fiquei pensando o que tenho pra acabar e quem ficou pelo caminho, o que ainda vou começar e quem estará no caminho. Aprendi mais uma com o Pink Floyd, encerre o que começou, mesmo que leve uns 20 anos...

domingo, 3 de agosto de 2014

Prazeres Musicais 3!

Ao pensar no trabalho dos meus sonhos, normalmente me vem algo envolvendo música e colecionar discos! Juntando as duas paixões, ter uma loja de discos seria o trabalho da minha vida... Não!
Simplesmente não consigo vender nada da minha coleção...
Claro que já me desfiz de muita coisa (repostas por edições mais recentes/melhores), mas nunca as vendi, sempre presenteei alguém que imaginei poder gostar. Acho que acertei mais do que errei... E hoje (aliás, ontem) pude perceber exatamente como me sentiria sendo dono de uma loja de discos.
Estava em uma de minha andanças pelo centro de Québec (uma transposição do que fazia em Recife nas manhãs de sábado), quando vi que a melhor (e mais cara) loja de discos da cidade anunciava seus 18 anos de existência - é desses tipos de lojas que mesclam usados e novos, fazem rolos e sempre tem raridades fora de catálogo)! Descontos entre 15% e 75%! Entrei claro... De cara, achei um cd do Yes que procurava havia algum tempo...

Depois de olhar a seção de rock, pop, blues e jazz fui pagar o cd quando vi lá, imponente, intacta, quase imaculada, aliás, imaculado: o box Shine On do Pink Floyd! Item que desejo desde 1992!!! Isso, 1992! Quantas lembranças tenho de ver esse box nas mãos do meu tutor musical ou até de ter encontrado em algumas lojas da vida, seja caríssimo, detonadíssmo, ou incompleto. Mas hoje, estava lindo, completo!
Perguntei quanto custava, o vendedor com um ar meio constrangido me disse o preço e que ele se encaixa nos itens usados que estavam com 50% de desconto! Examinei e logo disse: vou levar!
O vendedor ficou visivelmente triste. Acredito que um dia ele pensou em vender aquele box, mas não por aquele preço.... Imagino que quando pensou nos descontos de aniversário, vinha em sua mente desovar aqueles cd´s de Tony Braxton, Celine Dion ou a coletânea de hits dos anos 90 que ninguém se interessa, mas nunca o SHINE ON DO PINK FLOYD! O SHINE ON DO PINK FLOYD!

A minha felicidade contrastava com sua tristeza e depois de 22 anos eu incluí na minha coleção seu item mais esperado. A sensação é indescritível e só os colecionadores entenderão!
Hoje ficou claro que eu nunca poderia transformar meu prazer em trabalho! Viva aos prazeres musicais!

Parte 1 aqui e Parte 2 aqui

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Nos Bastidores do Pink Floyd


Uma banda psicodélica que perde o seu líder/compositor/vocalista e começou a produzir discos fantásticos chamados, discutivelmente, de progressivos e, aos poucos, vai ter um líder/centralizador/ditador que saí achando que a banda não sobreviverá. Uma guerra judicial longa, farpas pela imprensa, reencontros inesperados e pelo menos quatro discos clássicos absolutos. O Pink Floyd continua sendo, das bandas mais famosa, a menos “conhecida”. O livro “Nos Bastidores do Pink Floyd” de Mark Blake preenche um pouco essa lacuna.

Quase metade é dedicada ao início da banda e seu principal nome até aquele momento, Syd Barrett. Tudo é muito detalhado, às vezes até dia-a-dia, o que o deixa um pouco cansativo para aqueles que são iniciados. Ao passar esse momento, o livro começa a cobrir o tempo de maneira mais espaçada. A década de 80, 90 e o século XXI possui pouco menos de 150 das 348 páginas.

Mas é justamente na parte final que está o material mais interessante. Os anos entre The Final Cut e A Momentary Lapse of Reason são os mais complicados quando pensamos num livro com a palavra “bastidores” no título. Como Gilmour e Mason superaram a saída do principal compositor e tomador de decisão e levaram o Pink Floyd a um patamar acima do que já vivenciava? Esse tema ainda é pouco explorado, mesmo estando mais próximos cronologicamente que o lançamento do clássico absoluto Dark Side ofThe Moon (já bem explorado) ou o mistério sobre a vida de Syd. Soma-se a isso, os bastidores de como Roger Waters, o líder e condutor de obras como Animals e The Wall caiu no ostracismo.

Um ponto alto dessa biografia é tratar dos seus cinco membros mesmo quando eles não estão trabalhando dentro do Pink Floyd ou saíram da banda. O livro desmancha estereótipos. Afinal, para Blake, o pobre Syd não era tão pobre assim, Wright não foi tão coitadinho, Waters preencheu uma lacuna necessária, Gilmour tem um grande ego e Mason mais interesses em curtir do que trabalhar. A panelinha dentro da banda que separava os músicos Gilmour e Wright dos “arquitetos” Waters e Mason é bem explorada e elucidativa para entendermos o comportamento de cada um. As discussões antagônicas entre os fãs de Waters x fãs de Gilmour poderiam ser melhor subsidiadas com esse livro. 

O livro termina como começou: com uma reunião improvável da banda!

Recomendado tanto para iniciantes como para quem quer se aprofundar no que sustentou uma das mais importantes bandas de todos os tempos. 

sábado, 5 de maio de 2012

A Imersão - Parte 3 (Isolamento e Fim)


Acredito que uma pessoa adulta pelo menos uma vez na vida se sentiu isolada do mundo. Com isso em mente é fácil entender porque a obra The Wall é tão importante. É difícil encontrar alguém que não conheça pelo menos uma de suas músicas.


O The Wall é, em minha opinião, a obra mais atual do Pink Floyd. Num mundo em que cada vez mais nos relacionamos através do virtual, nos isolamos atrás de computadores e o contato humano passa a ser um mero detalhe, não é difícil fazer a ponte entre o Personal Computer e o Muro imaginado por Roger Waters.

Soma-se a isso, o fato do The Wall ter sido pensado em várias mídias: um álbum, um show revolucionário em seu conceito e um filme! Quando escutado ou visto atualmente soa exatamente como 2012. Poucas obras conseguem isso!

Eis que no dia em que assisto o show de “Roger Waters – TheWall” coincidentemente recebo o Box Immersion. Foi muito muro pra um dia só. E tal qual no Dark Side Of The Moon e Wish You Were Here,as versões Immersion do The Wall tem todos aqueles itens que nós adoramos e ainda a edição “Is There Anybody Out There?” já lançada (versão ao vivo do disco). 

Porém, o que mais me chamou atenção foram os dois CDs com demos, sobras e versões diferentes. É quando percebemos como Waters foi soberano no disco. Praticamente compôs tudo e ainda podemos ver demos dos seus próximos dois discos. Os rascunhos de músicas já mostravam a força das composições, as execuções dos primeiros takes apresentam uma banda madura e longe dos experimentos de antes. Cada um sabe o que fazer e fazem bem feito.

De todas as edições Immersion, a do The Wall é a mais impactante pelo material musical extra. Para mim, esse é o último disco do verdadeiro Pink Floyd, pois Final Cut, Momentary Lapse of Reason e The Division Bell, que são discos interessantes cada um à sua maneira, levam o nome da banda, mas são qualquer outra coisa...

Infelizmente, fim da imersão!

Parte 1, aqui
Parte 2, aqui

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Imersão - Parte 2 (Saudade)


O quarto era quente e úmido, as marcas de lodo eram visíveis na parte mais baixa da parede, próximas ao chão. No teto, as manchas das chuvas passadas e pela janela entrava o cheiro da maconha fumada nos fundos da casa.
Foi nesse ambiente que vivi alguns anos. Foi nesse ambiente que o Pink Floyd entrou na minha vida. Meu tio me apresentou alguns discos, depois eu segui a minha busca. Nas tardes, após a escola eu costumava deitar na cama e ouvir o LP Wish You Were Here e, desde então, seu tema principal, saudade, me fascinava. Eu devia sentir saudade da infância ou da vida adulta (que ainda viria) porque aquela época e aquele lugar não eram bons pra mim, assim eu pensava.
Na vida adulta, o Wish You Were Here estava presente sempre que eu precisava ouvir alguma coisa pra mexer com a emoção e foram dezenas de vezes que isso aconteceu... Assim, tornou-se um dos discos mais importantes na minha vida e Shine On Your Crazy Diamond a música preferida do Pink Floyd.
Eis que em 2012 chega a minha mão o segundo volume da série Immersion do Pink Floyd, o primeiro foi o Dark Side Of The Moon e o terceiro será o The Wall. Fico feliz em poder ouvir os outtakes preciosos, as imagens produzidas na época e o tratamento gráfico dado aos diversos itens incluídos (livros, réplicas de ingressos, postais, etc.).
Em meio a tanta “novidade”, manterei, contudo, a minha velha edição em CD, comprada com o dinheiro da mesada. Ela substituiu o LP do meu tio naquele 1995.
Claro que eu queria escrever um monte de coisas sobre ele, mas quem disse que eu consigo? Esse realmente não é um disco que eu consiga expressar em palavras... E não é que nesse momento bateu uma saudade daquele quarto.

Parte 1, aqui
Parte 3, aqui

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Imersão - Parte 1! (O Lado Escuro)


Eu nunca concordei que o Pink Floyd fosse chamado de banda de rock progressivo. Acho que eles possuem algumas músicas que assim podem ser chamadas como Echoes, Shine On Your Crazy Doamonds, Dogs e Atom Heart Mother. Mas daí a ser uma banda como o Genesis, Yes e Emerson, Lake & Palmer é bem diferente. Creio que por falta de um rótulo mais óbvio, progressivo foi o melhor.
Hoje, tenho certeza que o Pink Floyd não é uma banda de progressivo. Passei a noite degustando o Box The Immersion Set do Dark Side of The Moon que, entre tantas coisas, contém 3 cd’s, 2 dvd’s e 1 blu-ray com apresentações ao vivo, documentário e várias possibilidade de áudio (LPCM, 5.1 e Quad Mix ) para se ouvir o disco.
Porém, o que mais me chamou atenção foi uma versão do álbum anterior ao que chegou ao mercado. Essa versão do Dark Side of The Moon, de fato, é progressiva. Em alguns momentos se parece com o melhor material das bandas que citei acima. Mas o grande diferencial é o acabamento.
O Dark Side que adoramos é uma das obras mais bem acabadas da história da música desde que o homem começou a compor. Qualquer descrição aqui é insuficiente quando comparamos as duas versões. É preciso apreciá-las. O Pink Floyd já havia criado uma obra genial, mas a transformou em algo superior...
O que me deixa ainda mais impressionado, é que esse nem é meu disco preferido deles. Esse posto fica com o Wish You Were Here por razões extremamente sentimentais.

Parte 2, aqui
Parte 3, aqui

sábado, 1 de janeiro de 2011

Clareando o lado escuro da obra-prima do Pink Floyd

Há discos que se tornam obras obrigatórias para quem aprecia música, em geral, e rock’n’roll, especificamente.

The Dark Side of The Moon é o principal legado do Pink Floyd, mesmo que The Wall tenha vendido mais, The Piper At The Gates of Dawn seja uma estreia fantástica, Animals tenha uma das capas mais inteligentes ou Wish You Were Here seja o preferido de uma grande quantidade de fãs.

Muito já foi dito sobre o disco principalmente o fato de ter ficado por 734 semana entre os 200 discos mais vendidos, então leituras sobre ele não me chamam muita atenção até eu adquirir “The Dark Side of The Moon – Os Bastidores da Obra-prima do Pink Floyd” de John Harris. Confesso que só o comprei pra fechar o valor mínimo e conseguir um parcelamento maior no cartão de crédito. Em casa, começo a folhear olhando as fotos e ver alguns trechos, daí rapidamente fui ao início e comecei a ler, terminei em dois dias as 220 páginas!

O autor começa narrando o início da banda e como Syd Barrett foi se tornando a principal e quase única força criativa da banda. Com a sua saída (ou melhor expulsão depois de se tornar “incapaz” de continuar) os demais integrantes, contando com a adição de David Gilmour continuaram em busca de um som que os desvencilhasse do outrora líder. O livro narra de maneira muito competente como foi a transição pelos discos Saucerful of Secrets, Ummagumma, More, Atom Heart Mother, Medle e Obscured By Clouds até chegar no embrião do Dark Side.

Em segunda, chega a parte mais interessante, fazendo uso das várias entrevistas que fez com as pessoas que participaram diretamente da concepção do disco (inclusive os integrantes da banda) e seu amplo conhecimento da época, John Harris conta como as composições começaram com Rick Wright e Gilmour, a origem de cada letra (fazendo uso de todo o background socialista de Roger Waters), a introdução de novos sons através dos recentes equipamentos adquiridos pela banda, os vários shows que serviram para lapidar as músicas, as seções de gravações até a elaboração da capa. A esse processo ele dedica três capítulos extremamente informativos e elucidantes.

Lamenta-se, entretanto, o fato do autor opinar bastante durante todo o texto e, com isso, deixar claro que não gosta de Roger Waters, curiosamente não critica o fato de Wright contribuir pouco ou Nick Mason praticamente não fazer nada mais do que tocar sua bateria.

Speak To Me, Breathe, One The Run, Time, Breathe (reprise), Money, Us & Them, Any Colour You Like, Brains Damage e Eclipse constituem uma obra-prima de uma das bandas mais influentes da história. Tem que estar a discoteca de todos que apreciam a boa música. O livro de John Harris é leitura recomendada não apenas para quem gosta da banda, mas para quem tem interesse em entender o mercado fonográfico dos anos 70.

O livro consegue clarear um pouco o lado escuro do Pink Floyd, uma banda sempre nos holofotes, mas com seus membros e seu processo de criação bastante reservados.

domingo, 19 de setembro de 2010

Top 5 – Shows que eu queria ter visto – Parte I

A idéia nasceu numa manhã de sábado em que eu escutava o acústico do Nirvana depois de muito tempo. Fiquei pensando “putz, como eu queria ter visto esse show”, rapidamente uma lista me veio a mente com os shows que eu gostaria de ter presenciado... aí vai a primeira parte...

George Harrison – The Concert for Bangladesh (1971)

O primeiro concerto beneficente já feito. George Harrison convidou amigos e parceiros para fazer um espetáculo em nome de Bangladesh, local de nascimento de seu grande amigo Ravi Shankar. Ringo Starr cantou seu então hit, a excelente It Don´t Come Easy, mostrando que uma carreira solo sairia do “quarto” Beatle; Leon Russel fez um medley com Youngblood e Jumpin´ Jack Flash; Billy Preston empolgou com That´s The Way God Planned It e Shankar apresenta uma longa peça indiana. Bob Dylan (que só confirmou presença quando entrou no palco), executou Blowin’ In The Wind, The Times They Are A-Changing, Mr. Tambourine Man e Just Like a Woman. George Harrison fez uma apresentação esplendorosa com músicas da sua então recente carreira solo como Beware of Darkness, My Sweet Lord e Bangladesh e os clássicos absolutos dos Beatles Here Comes the Sun, Something e While My Guitar Gently Weeps. Tudo isso com a participação de um guitarrista chamado Eric Clapton! Mais histórico que isso, quase impossível...


The Beatles- San Francisco (EUA) - 1966

Entre as apresentações mais famosas dos Beatles estão as do programa televisivo de Ed Sullivan em 1964, maior audiência da TV americana até aquele momento; a apresentação no Hollywood Bowl em 1965 em Los Angeles – recorde de público e primeiro show em estádio; o concerto do Budokan no Japão em 1966; a primeira apresentação televisiva via satélite cantando All You Need Is Love em 1967 e o clássico Show do Telhado (Rooftop Concert de 1969). Porém eu queria mesmo ter visto o último show ao vivo em agosto de 1966 no Candlestick Park em San Francisco. Eles já estavam cansados de fazer turnês e ali encerraram uma maratona que durava praticamente 9 anos ininterruptos. Foi um marco na carreira da banda!

Nirvana - Unplugged MTV (1994)

Show que motivou essa lista, teve um impacto muito forte pra mim. Comecei a ouvir Nirvana na minha pré-adolescência e acho quase impossível que uma pessoa de 13 anos que se interessasse em rock´n´roll não se sentisse atraído por músicas como Smells Like Teen Spirit ou Lithium (clássicos do disco Nevermind de 1991). Porém, o acústico foi algo bem diferente do que eles normalmente faziam (e confesso que não gostava do Nirvana no palco, principalmente pelas apresentações erráticas e agressivas com o público de Kurt Cobain). Ouvir Oh Me, Plateau, Lake Of Fire e as versões de Polly, Come As You Are e The Man Who Sold The World foi uma grata surpresa. Essa última ainda me emociona. Foi a partir dela que descobri um dos artistas que mais gosto e respeito: David Bowie! Era o Nirvana se despedindo...

Led Zeppelin - Knebworth - 1979

Era o Led Zeppelin na sua reta final. Os dias do Led Zeppelin II, Led Zepellin VI, Houses Of The Holy e Physical Graffiti tinham ido... agora era pra se contentar com o inócuo In Though The Out Door! E se não estavam tão inventivos no estúdio, no palco parecia que uma nova era começava... os anos tocando juntos davam ao quarteto uma dinâmica impressionante. Achilles Last Stand é uma das coisas mais bem feitas que eu vi até hoje ao vivo; Kashimir é um convite à uma viagem mental mesmo no DVD, fico imaginando vendo e ouvindo lá; Rock And Roll está na sua melhor versão ao vivo e Whole Lotta Love parece reinventada no palco, principalmente na sua segunda metade. Como pode uma banda fazer isso? Não sei, melhor nem saber... John Bohan se foi... Jimmy Page e Robert Plant gravaram e tocaram juntos várias vezes depois disso, algumas delas com John Paul Jones, mas nada como naquelas duas noites de 1979!


Pink Floyd The Wall Live (1981)

Meu disco preferido é o Wish You Were Here, para mim o mais bem feito é Dark Side Of The Moon, acho o The Piper At The Gates Of Dawn aburdamente fantástico, porém é impossível um fá do Pink Floyd não gostar do The Wall. Não vou entrar nos problemas que envolviam a banda naquele momento e a irregularidade entre as músicas. Mas seja o que for que gerou um show como o The Wall, veio de mente(s) criativas(s) e perturbada(s). Contar uma história de alguém se isolando do mundo pode até parecer fácil no disco e no filme, mas no show... Ver uma banda executando as músicas enquanto um muro se constrói deixando a platéia sem “ver” os músicos é audacioso e, ainda, executando apenas músicas recentes, esquecendo os clássicos já feitos parece realmente loucura... tudo isso e as excelentes versões ao vivo é o The Wall Live. Fica aqui registrado apenas o lamento desse show não ter chegado em DVD até hoje. I wish I was there...

Em breve a parte II


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