sexta-feira, 13 de maio de 2011

Um depoimento desapaixonado

O que falar sobre um show de uma lenda viva do rock'n'roll? Sensacional? Espetacular? Fantástico? Demais? Extasiante? Parafraseando Gilberto Gil: Não tenho adjetivos e os tenho!!! TODOS!!! Como dizem os fãs brasileiros: Foggy é phoda!!!

Acho que agora ele fez de vez as pazes com seu passado, das 25 músicas tocadas, 18 são da sua fase Creedence e apenas 7 da carreira solo. Acho que definitivamente seguiu o conselho de George, que certa vez disse que ele deveria tocar Proud Mary, Travelin' Band e Fortunate Son, pois senão todos pensariam que são músicas da Tina Turner, Bruce Springsteen e Pearl Jam, respectivamente.

Durante as duas horas de show, Foggy desfila um clássico atrás do outro e ainda assim, muita coisa boa, tanto do Creedence quanto da sua carreira solo ficou de fora. No entanto, comparando os quatro set lists da turnê brasileira, notei que a cada show ele troca de cinco a seis músicas. No show que eu fui, ele não tocou: Susie Q (!!!), Travelin' Band (!!!), Bootleg, I Put a Spell on You (!!!), Run Through the Jungle (!!!), Wrote a Song For Everyone, Cotton Fields, Somebody Help Me, Hot Rod Heart, Rock and Roll Girls e Centerfield (!!!!). Contudo, posso dizer que sou um privilegiado por ter visto e ouvido ele executar uma de suas mais belas canções: Long as I Can See the Light, confesso que chorei...

Um crítico americano disse acreditar que John Fogerty teria feito um pacto com o demônio para realizar shows tão perfeitos. Não acredito em tão pacto, mas só o sobrenatural para explicar a excelência de uma apresentação de Foggy. Não tenho palavras para exprimir, só vendo, só estando lá diante do cara. Mesmo aos 65 anos a voz continua a mesma e ele agora está solando melhor!!!! Quando o roadie entrega a Gibson Les Paul prateada, se segure, vem rock'n'roll de primeira qualidade por aí.

Como se não bastasse você ter no palco uma verdadeira lenda americana, a banda é muito boa, extremamente entrosada e afinada, chegam ao impossível de tornar o que já era excelente, excelentíssimo. Os caras conseguem dá um molho todo especial aos velhos clássicos do Creedence, fazendo com que soem melhor do que as versões de estúdio. O baterista, Kenny Aranoff, é um caso a parte, ouso a dizer que seguramente é um dos cinco melhores bateristas do mundo atualmente, o cara bate demais!!!! Que me perdoem os fãs mais puristas do Creedence, mas Kenny Aranoff juntamente com o baixista David Costa (amigo pessoal de Foggy) formam uma cozinha melhor que Doug Clifford e Stu Cook.

Hoje, 13/05/2011, Foggy se apresenta em Buenos Aires. Daria todo meu reino se o tivesse para estar lá... Eu seria um verdadeiro Fortunate Son... Ou melhor, um verdadeiro Fortunate Fan, hehehehehe...


Best Wishes,

Junior


2 comentários:

  1. Francisco, esse é um show que gostaria de ter assistido. O Creedance fez parte da minha infância, ouvia muito na década de setenta. Gosto tbm do Tom, tinha o Myopia, gostava bastante.

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  2. Acho que esse ano vai ser O ano dos shows pra Júnior... Ver John Fogerty e depois Paul McCartney no mesmo mês é algo impensável tempos atrás...

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