domingo, 22 de maio de 2011

Prazeres musicais 2!

Em tempos de compras online, quem gosta de adquirir aquela edição limitada, aquele disco com faixas extras, o box de “edições definitivas”... enfim, as pérolas que, infelizmente o mercado brasileiro quase nunca lança ou quando chega aqui são por preços impraticáveis, tem um alento!

Esse sábado, recebi uma encomenda que há mais de um mês havia feito... Eu estava esperando, mas confesso que foi uma surpresa acordar e dar de cara com aqueles dois boxes!!!

Led Zeppelin e Pink Floyd! Duas das minhas bandas preferidas em edição remasterizada e réplicas dos LP´s em formato de Cd´s! Encartes belíssimos, caixas primorosas, qualidade de som altíssima...

Não é como os sábados que eu saía por aí garimpando raridades como já falei aqui em outro momento... Mas a felicidade foi quase à mesma!

Os prazeres musicais "mudam" com o tempo, mas "permanecem"... viva a música!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Um depoimento desapaixonado

O que falar sobre um show de uma lenda viva do rock'n'roll? Sensacional? Espetacular? Fantástico? Demais? Extasiante? Parafraseando Gilberto Gil: Não tenho adjetivos e os tenho!!! TODOS!!! Como dizem os fãs brasileiros: Foggy é phoda!!!

Acho que agora ele fez de vez as pazes com seu passado, das 25 músicas tocadas, 18 são da sua fase Creedence e apenas 7 da carreira solo. Acho que definitivamente seguiu o conselho de George, que certa vez disse que ele deveria tocar Proud Mary, Travelin' Band e Fortunate Son, pois senão todos pensariam que são músicas da Tina Turner, Bruce Springsteen e Pearl Jam, respectivamente.

Durante as duas horas de show, Foggy desfila um clássico atrás do outro e ainda assim, muita coisa boa, tanto do Creedence quanto da sua carreira solo ficou de fora. No entanto, comparando os quatro set lists da turnê brasileira, notei que a cada show ele troca de cinco a seis músicas. No show que eu fui, ele não tocou: Susie Q (!!!), Travelin' Band (!!!), Bootleg, I Put a Spell on You (!!!), Run Through the Jungle (!!!), Wrote a Song For Everyone, Cotton Fields, Somebody Help Me, Hot Rod Heart, Rock and Roll Girls e Centerfield (!!!!). Contudo, posso dizer que sou um privilegiado por ter visto e ouvido ele executar uma de suas mais belas canções: Long as I Can See the Light, confesso que chorei...

Um crítico americano disse acreditar que John Fogerty teria feito um pacto com o demônio para realizar shows tão perfeitos. Não acredito em tão pacto, mas só o sobrenatural para explicar a excelência de uma apresentação de Foggy. Não tenho palavras para exprimir, só vendo, só estando lá diante do cara. Mesmo aos 65 anos a voz continua a mesma e ele agora está solando melhor!!!! Quando o roadie entrega a Gibson Les Paul prateada, se segure, vem rock'n'roll de primeira qualidade por aí.

Como se não bastasse você ter no palco uma verdadeira lenda americana, a banda é muito boa, extremamente entrosada e afinada, chegam ao impossível de tornar o que já era excelente, excelentíssimo. Os caras conseguem dá um molho todo especial aos velhos clássicos do Creedence, fazendo com que soem melhor do que as versões de estúdio. O baterista, Kenny Aranoff, é um caso a parte, ouso a dizer que seguramente é um dos cinco melhores bateristas do mundo atualmente, o cara bate demais!!!! Que me perdoem os fãs mais puristas do Creedence, mas Kenny Aranoff juntamente com o baixista David Costa (amigo pessoal de Foggy) formam uma cozinha melhor que Doug Clifford e Stu Cook.

Hoje, 13/05/2011, Foggy se apresenta em Buenos Aires. Daria todo meu reino se o tivesse para estar lá... Eu seria um verdadeiro Fortunate Son... Ou melhor, um verdadeiro Fortunate Fan, hehehehehe...


Best Wishes,

Junior


domingo, 8 de maio de 2011

A música


“A música requer mecânica, gente batucando, soprando, raspando ou arranhando. Mas no final é inatingível, é sonho. Não se pode apalpar a música, não se pode vê-la. Pode-se até pensar que é possível visualizá-la na partitura, mas é apenas um pedaço de papel. A música não existe sem o tempo e um bom par de ouvidos receptivos. Por isso, considero a música como a arte mais maravilhosa de todas – a razão pela qual fico e encantado. Acima de tudo, a música precisa de tempo” (George Martin no livro “Paz, Amor e Sgt. Pepper”)


Além de ter sido o melhor produtor musical que já existiu, tendo produzido quase tudo dos Beatles, ele consegue definir música de uma maneira tão precisa e emotiva ao mesmo tempo. Grande George Martin!!!


segunda-feira, 2 de maio de 2011

A estupidez humana!

Vamos celebrar a morte do terrorista, vamos celebrar a morte de um como vingança da morte de centenas... Afinal, o que é uma morte? Matar uma pessoa é errado, matar mil pessoas é errado.

Celebrar a morte do grande terrorista não acaba com o terrorismo em todas as suas formas...

Como é atual a letra de Renato Russo (Perfeição):





Vamos celebrar a estupidez humana

A estupidez de todas as nações

O meu país e sua corja de assassinos

Covardes, estupradores e ladrões

Vamos celebrar a estupidez do povo

Nossa polícia e televisão

Vamos celebrar nosso governo

E nosso Estado, que não é nação

Celebrar a juventude sem escola

As crianças mortas

Celebrar nossa desunião

Vamos celebrar Eros e Thanatos

Persephone e Hades

Vamos celebrar nossa tristeza

Vamos celebrar nossa vaidade.

Vamos comemorar como idiotas

A cada fevereiro e feriado

Todos os mortos nas estradas

Os mortos por falta de hospitais

Vamos celebrar nossa justiça

A ganância e a difamação

Vamos celebrar os preconceitos

O voto dos analfabetos

Comemorar a água podre

E todos os impostos

Queimadas, mentiras e seqüestros

Nosso castelo de cartas marcadas

O trabalho escravo

Nosso pequeno universo

Toda hipocrisia e toda afetação

Todo roubo e toda a indiferença

Vamos celebrar epidemias:

É a festa da torcida campeã.

Vamos celebrar a fome

Não ter a quem ouvir

Não se ter a quem amar

Vamos alimentar o que é maldade

Vamos machucar um coração

Vamos celebrar nossa bandeira

Nosso passado de absurdos gloriosos

Tudo o que é gratuito e feio

Tudo que é normal

Vamos cantar juntos o Hino Nacional

(A lágrima é verdadeira)

Vamos celebrar nossa saudade

E comemorar a nossa solidão.

Vamos festejar a inveja

A intolerância e a incompreensão

Vamos festejar a violência

E esquecer a nossa gente

Que trabalhou honestamente a vida inteira

E agora não tem mais direito a nada

Vamos celebrar a aberração

De toda a nossa falta de bom senso

Nosso descaso por educação

Vamos celebrar o horror

De tudo isso - com festa, velório e caixão

Está tudo morto e enterrado agora

Já que também podemos celebrar

A estupidez de quem cantou esta canção.

Venha, meu coração está com pressa

Quando a esperança está dispersa

Só a verdade me liberta

Chega de maldade e ilusão.

Venha, o amor tem sempre a porta aberta

E vem chegando a primavera -

Nosso futuro recomeça:

Venha, que o que vem é perfeição

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