domingo, 24 de junho de 2012

Na Natureza Selvagem

Alguns filmes caem nas nossas vidas no momento certo. “Tudo Acontece em Elizabethtown” e “Alta Fidelidade” são exemplos marcantes. Eis que esse ano chegou “Na NaturezaSelvagem” (lançado em 2007).


Conheci primeiro a trilha sonora Into The Wild de autoria de EddieVedder (vocalista do Pearl Jam). Um disco excelente e uma grata novidade em meio a tanta coisa chata e previsível que chega ao mercado. Em seguida, tive vontade de ver o filme e o adquiri. Mas ele ficou lacrado aqui até a última noite de sábado, quando instintivamente o peguei pra assistir durante a madrugada.

Quem nunca pensou em abandonar tudo e sair por aí apenas com uma mochila? Pensei assim várias vezes. Lembro-me de um momento que procurei me inscrever no Greenpeace só pra viajar o mundo em contato com a natureza. Fiz até algumas viagens com esse "espirito", mas sempre com um certo conforto e segurança. Hoje vivo em meio às coisas materiais e artificiais. O que houve com aquele eu? Não sei. Ou sei...

O filme é baseado no livro homônimo de Jon Krakaeur e narra a história de Chris McCandless que aos 21 anos deixa sua carreira na faculdade, vida em classe média e a família para entrar em contato com a natureza em viagens em direção ao oeste e, em seguida, ao Alasca. Durante o filme ele entra e sai da vida de algumas pessoas enquanto amadurece suas ideias e nos provoca a pensar o que fazemos das nossas próprias vidas “confortáveis”. Chris queima dinheiro, rasga todos os documentos, abandona seu carro e troca de nome, coisas de louco. Mas na narrativa do diretor Sean Penn, nos faz pensar se os loucos não somos nós que ainda não fizemos isso.

O mais impressionante é que tudo aconteceu. O filme é fiel à história de Chris e seus 150 minutos parecem pouco quando chegamos ao final - certamente um dos mais fortes e comoventes que assisti até hoje.

2 comentários:

  1. Impossível não assistir a esse filme e não se emocionar, e ser questionar, sobre os valores da sociedade e nossa relação com ela.

    Embora, todos nós, eu creio, tenhamos um dia pensado em "fugir do mundo", não como fez o "Alexander Supertramp", mas simplesmente dá um tempo, a trajetória dele em sua aventura pelas belas paisagens do Alasca, fica a certeza de que, independente de qualquer coisa, "A FELICIDADE É PRA SER COMPARTILHADA!".

    Gustavo Borges.

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    1. Gustavo, foi esse filme que me deu a certeza de ir para o Canadá, ele teve um impacto enorme sobre mim. Concordo contigo, tem que se partilhar! Grande abraço!!!

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