quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eu sei o que isso não é!


Eu não sou fã de esportes em geral, eu gosto mesmo é de futebol! Mas vez por outra vejo outros esportes, respeito e admiro todos. Creio que são mais importantes do que imaginamos na maioria das vezes.

Futebol são 11 conta 11 em campo, vôlei e basquete são 6 conta 6 em quadra, tênis 1 contra 1 ou 2 contra 2, ginástica olímpica ou atletismo todos contra todos. Enfim, cada esporte tem suas regras e peculiaridades. Mas mesmo com diferenças técnicas, táticas e emocionais, as disputas sempre começam iguais: empatadas! Cabe a cada time ou indivíduo traçar sua estratégia para tentar vencer o adversário e, claro, contar em alguns momentos com a sorte.

No mundo em que vivemos, os esportes são grandes negócios, movimentam milhões por mês e precisam de audiência para isso. Porém, fala-se muito em profissionalismo, comprometimento, dedicação, prazer em fazer o que gosta e, principalmente, talento por parte daqueles que o praticam. Normalmente, os melhores de cada categoria possuem essas características.

Os torcedores que assistem esportes sabem o que vão vivenciar. Experimentam alegria, tristeza, euforia, frustração, se comovem, ficam raivosos... Absolutamente normal! Os esportes servem para isso também, mas esses sentimentos precisam ser sinceros e provocados de maneira legitima.

Tudo isso não é novidade, faz parte do mundo dos esportes.


A Fórmula 1 não é um esporte!




domingo, 18 de julho de 2010

Paul McCartney fez o show da minha vida duas vezes












Falar de Paul McCartney é fácil, aliás, muito fácil. Ele foi um Beatle; ajudou a revolucionar a música nos anos 60; é o compositor mais bem sucedido da história; toca baixo, guitarra, violão, piano, teclado, bateria; pinta; compõe música erudita; lidera campanhas humanitárias; gravou com John Lennon, George Harrison, Ringo Starr, Stevie Wonder, Carl Perkins, Brian Wilson, Michael Jackson, Eric Clapton, Elvis Costello; já tocou em todos os continentes; é detentor do recorde de maior público pagante em um show... enfim... são mais de 50 anos de carreira bem vividos!

Sempre imaginei assistir um dos seus shows, tenho alguns amigos que já estiveram e sempre falam muito bem e acho que quando a gente deseja muito uma coisa, a gente consegue!

Então.... EU ESTIVE EM DOIS SHOWS DE PAUL MCCARTNEY EM 3 DIAS! E ainda tive o bônus de vê-lo tocando com Ringo Starr. Então são 3 vezes em 7 dias!

Impossível descrever o que se sente quando se assiste a um show do seu maior ídolo vivo (infelizmente George Harrison não está mais por aqui, é meu beatle preferido)

Paul toca por quase 3 horas com um fôlego impressionante pra quem tem 68 anos! Sabe exatamente o que fazer e dizer pra deixar uma platéia empolgada. Um show em San Francsco e outro em Salt Lake City, o primeiro em uma das cidades mais rock’n’roll que existe, o outro numa das cidades mais conservadoras. Os hippies e os mórmons! Paul se saiu bem com os dois...

Os repertórios foram praticamente idênticos e isso mostra a relevância da suas músicas já que os públicos eram bem distintos. Lá estavam clássicos dos Beatles como All My Loving, Day Tripper, Hey Jude, Let It Be, Yesterday, Blackbird, Back In The USSR... mas confesso que as músicas que mais me causaram impacto foram justamente as pós-beatles, aquelas da carreira solo como Letting Go, Live And Let Die, Ram On, Sing The Changes e Nineteen Hundred and Eghty Five! Homenagem a George com Something (que ele incorporou ao seu repertório desde o Concert for George em 2002) e a John Lennon com Here Today (a conversa que eles nunca tiveram) e A Day in The Life/Give Peace A Chance nos fazem pensar como seria o mundo com eles ainda presentes...

Tudo terminou, ficaram as fotos, as lembranças, os souvenires e, sobretudo, a vontade de ver outros shows!

Em outro momento vou postar aqui como foram as aventuras pra se estar presente nesses shows, por hora, fica o registro de um sonho realizado.

E no fim, o amor que você dá é igual ao que você recebe (Paul McCartney em 1969)

sábado, 10 de julho de 2010

Eu vi um Beatle, eu vi dois Beatles!

Eu amo a obra dos Beatles, quem me conhece, quase sempre compreende o seu impacto na minha vida. Posto isso, vamos à memorável noite de 7 de julho de 2010!

Cheguei no Radio City Hall e comecei a perceber que tudo era real. O letreiro (à moda antiga) anunciava Ringo Starr & The All Starr Band e as pessoas circulavam com camisas estampadas com imagens dos Beatles! Eu estava com minha grande amiga Cláudia Tapety, responsável pela minha ida.

Entrei no belíssimo Radio City Hall e procurei o meu lugar, sexta fileira à esquerda, bem perto do palco. Fiquei olhando e imaginando o que aconteceria em alguns minutos. A ansiedade era grande. Veria um dos meus ídolos tocando! Era a noite do aniversário de Ringo Starr.

20:00h e a banda começa a entrar no palco, a euforia toma conta do público, começa-se a ouvir o refrão “It don’t came easy, you know it don’t came easy” e entra um sorridente Ringo Starr no palco! O Radio City vibrava como se fosse algo vivo! Era um Beatle cantando!

Ao terminar a primeira música, eu grito para Cláudia (que estava duas fileiras à minha frente) ”mostra a tua faixa”. Pra nossa surpresa, Ringo leu o que estava escrito: “Ringo, I Love you, Happy Birthday, please, let me give you a presente” e depois ele disse ”Ok, now where is the gift?” e logo em seguida começou a cantar Honey Don’t! Pra quem saiu de Recife para Nova York pra ver o show era quase como um bônus...

O show prosseguiu com Ringo cantando clássicos dos Beatlles como "I Wanna Be Your Man" e "Yellow Submarine" e músicas da sua carreira solo como “The Other Side of Liverpool” e “Photograph”. Todas as suas apresentações eram intercaladas com os membros da sua banda que podem também cantar músicas de seus trabalhos anteriores. O destaque foi Gary Wright (que já gravou com George Harrison e o próprio Ringo) e todos os membros reverenciavam Ringo, principalmente em alusão aos seus 70 anos.

O show se encaminhava para o final quando antes da última música, entra a família de Ringo com um enorme bolo em forma de Bateria! Momento emocionante! Foi muito bom ver Ringo falando com os netos.

Em seguida, ele anuncia que vai cantar uma música e, que se a recepção não for boa, ele nunca mais a cantaria... o que vimos foi uma série de músicos e amigos de Ringo entrando no palco para cantar e tocar junto com ele... ali estavam Zak Starkey (seu filho que atualmente toca com o The Who), Jeff Lynne (amigo que ajudou a produzir a série Anthology e trabalhou com Paul McCartney, George Harrison, Bob Dylan e Roy Orbinson), Tom Petty e até Yoko Ono (devo dizer que essa presença não me agradou muito – antes do show tive a oportunidade de ficar a 1 metro dela). Todos cantaram "With A Little Help From My Friend".

Belíssima maneira se comemorar o aniversário, cercado pelos amigos e família e cantando ...”com uma pequena ajuda do meu amigo”...

O show terminou, as luzes se apagaram, a platéia estava excitadíssima e pedia pelo bis. Nesse momento fiquei imaginando como ele poderia fazer esse bis, cantaria "Octopu’s Garden", "Don’t Pass Me By" (da época dos Beatles) ou alguma da carreira solo?

E quem estava na frente viu quando um colocaram um baixo Höfner no palco! Um baixo Höfner! Marca registrada de Paul McCartney! Confesso que o coração disparou, fiquei nervoso, eu estava muito perto do palco... não havia nenhum anúncio de que Paul estaria no show (mesmo que houvesse um rumor)... e quando eu estava tentando me acalmar observando a reação da plateia (aqueles que estavam mais longe do palco não viram o baixo chegar), a banda começa a entrar novamente no palco... e vejo do meu lado direito aparecer PAUL MCCARTNEY!

Ele entra no palco, cumprimenta os músicos, saúda a platéia e a banda começa a tocar Birthday (música do Álbum Branco dos Beatles de 1968, que todo beatlemaniaco já ouviu em seu aniversário)... a platéia berrava, as pessoas saiam dos seus lugares, a segurança do local estava atônita porque não conseguia controlar tudo... eu me senti na beatlemania dos anos 60!!! Eu estava mais do que feliz... não sei qual a palavra que me descreveria naquele momento...

O show terminou e todos saíram! Fui ao encontro de Cláudia que estava gritando e chorando ao mesmo tempo, ficamos nos olhando, estávamos incrédulos sobre o que tínhamos presenciado. O Radio City lentamente se esvaziava, foi o mais próximo que se pode chegar de um show dos Beatles hoje, já que, infelizmente, não temos mais John Lennon e George Harrison.

Na saída, vimos um amontoado de pessoas que esperavam a banda sair do Radio City... Cláudia de maneira muito perspicaz localizou o carro de Paul McCartney (como ela sabia? Puro instinto – ela disse que ele sempre anda num carro daqueles – e dedução – a tampa do motor estava quente e Paul foi o último a chegar). Esperamos quase duas horas... mas valeu! Vimos a saída de Ringo e Paul. Cláudia inclusive conseguiu chegar bem perto de Paul e trocaram algumas palavras (que ela não lembra por estar muito nervosa...)

A quarta-feira 7 de julho de 2010 terminou. Mas a memória daquela noite seguirá para sempre... eu vi Ringo Starr no seu aniversário de 70 anos, eu vi Paul McCartney tocando com ele. Nada pode me tirar isso... a vida é feita também de lembranças... essa será uma das mais importantes para mim! Ainda bem!

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